Wednesday, April 29, 2009

As mulheres da minha geração

As mulheres da minha geração
....elogio profundamente merecido!!

(escrito por Santiago Gamboa - Tradução livre de Luiz Augusto Michelazzo)
É o único tema em que sou radical e intolerante, no qual não escuto argumentações:
As mulheres da minha geração são as melhores e ponto.
Hoje têm quarenta e muitos, inclusive cinquenta e tal, e são belas, muito belas, porém também serenas, compreensivas, sensatas e sobretudo diabolicamente sedutoras, isto, apesar dos seus incipientes pés-de-galinha ou desta afectuosa celulite que capitoneam suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais.
Formosamente reais. Quase todas, hoje, estão casadas ou divorciadas, ou divorciados e recasadas, com a intenção de não se equivocar no segundo intento, que às vezes é um modo de acercar-se do terceiro e do quarto intento. Que importa?
Outras, ainda que poucas, mantêm um pertinaz celibatarismo e o protegem como a uma fortaleza sitiada que, de qualquer modo, de vez em quando abre suas portas a algum visitante.
Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!
Nascidas sob a era de Aquário, com a influência da música dos Beatles, de Bob Dylan, de Lou Reed, do melhor cinema de Kubrick e do início do boom latino-americano, são seres excepcionais.
Herdeiras da revolução sexual da década de 60 e das correntes feministas, que entretanto receberam passadas por vários filtros, elas souberam combinar liberdade com coqueteria, emancipação com paixão, reivindicação com sedução.
Jamais viram no homem um inimigo, apesar de que lhe cantaram umas quantas verdades, pois compreenderam que se emancipar era algo mais que colocar o homem para esfregar o banheiro ou trocar o rolo de papel higiênico, quando este tragicamente se acaba, e decidiram pactuar para viver em dupla, essa forma de convivência que tanto se critica, porém, que com o tempo, resulta ser a única possível, ou a melhor, ao menos neste mundo e nesta vida.
São maravilhosas e têm estilo, mesmo quando nos fazem sofrer, quando nos enganam ou nos deixam.
Usaram saias indianas aos 18 anos, enfeitaram-se com colares andinos, cobriram-se com suéteres de lã e perderam sua parecença com Maria, a Virgem, em uma noite louca de sexta-feira ou de sábado, depois de dançar El raton, com algum amigo que lhes falou de Kafka, de Gurdjieff e do cinema de Bergman.
No fundo de suas mochilas havia pacotes de Pielroja, livros de Simone de Beauvoir e fitas de Victor Jara, e ao deixar-nos, quando não havia mais remédio senão deixar-nos, dedicavam-nos aquela canção de Héctor Lavoe, que é ao mesmo tempo um clássico do jornalismo e do despeito, e que se chama “Teu amor é um jornal de ontem”.
Falaram com paixão de política e quiseram mudar o mundo, beberam rum cubano e aprenderam de cor canções de Silvio Rodriguez e Pablo Milanez, conheceram os sítios arqueológicos, foram com seus namorados às praias, dormindo em barracas e deixando-se picar pelos pernilongos, porque adoravam a liberdade e, sobretudo, juraram amar-nos por toda a vida, algo que sem dúvida fizeram e que hoje continuam fazendo na sua formosa e sedutora madurez.
Souberam ser, apesar da sua beleza, rainhas bem educadas, pouco caprichosas ou egoístas. Deusas com sangue humano. O tipo de mulher que, quando lhe abrem a porta do carro para que suba, se inclina sobre o assento e, por sua vez, abre a do seu acompanhante por dentro.
A que recebe um amigo que sofre às quatro da manhã, ainda que seja seu ex-noivo, porque são maravilhosas e têm estilo, ainda quando nos façam sofrer, quando nos enganam ou nos deixam, pois seu sangue não é tão gelado o suficiente para não nos escutar nessa salvadora e última noite, na qual estão dispostas a servir-nos o oitavo uísque e a colocar, pela sexta vez, aquela melodia do Santana.
Por isso, para os que nascemos entre as décadas de 40 e 60, o dia da mulher é, na verdade, todos os dias do ano, cada um dos dias com suas noites e seus amanheceres, que são mais belos, como diz o bolero, quando está você.
Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!

Wednesday, March 26, 2008

Verdade absoluta

Desapegar-se é apagar um cansaço de dor
Escrevia uma amiga minha. Que verdade e que sentimento de libertação este desapego nos provoca.
Como diriam na RFM, vale a pena pensar nisto!

Thursday, February 14, 2008

S. Valentim

Parece que o tempo me rouba o tempo
de me enamorar e namorar com a minha escrita!!!
Por isso, neste Dia de S. Valentim, dia que parece especialmente dedicado ao Amor - como se ele de tão grande que é coubesse num só dia...
Resolvi...
Celebrar o AMOR ...
PELA VIDA!
E...
A paixão PELA ESCRITA!

Tuesday, December 18, 2007

Feliz Natal

Decidi dedicar esta mensagem a todos os "meus amores" neste Natal, minhas verdadeiras almas gémeas.
Aos meus filhos, aos meus Pais, aos meus Amigos e a Ti: Feliz Natal!
"“Uma alma gémea é alguém cujas fechaduras coincidem com as nossas chaves e cujas chaves coincidem com as nossas fechaduras. Quando nos sentimos suficientemente seguros para abrir as nossas portas trancadas, surge o nosso eu mais genuíno e podemos, então, ser completa e honradamente quem somos. Cada um descobre a melhor parte do outro.

Duas pessoas amam-se graças a um milagroso magnetismo que as atrai e encontram-se por meio de incríveis coincidências, duas almas gémeas que se descobrem no mistério do romance. Mesmo assim, surgem problemas para resolver juntos, problemas fascinantes, desafios que nos põem à prova ano após ano. Mas, se o romance esmorecer, perdemos com ele o poder de atravessar tempos difíceis, aprendendo a amar.

Eis o segredo: procurar uma relação amorosa que, com o passar do tempo, se torne cada vez melhor, na qual a admiração ganhe brilho e a confiança cresça a cada tempestade. Compreenderemos, então, que a intimidade e a alegria são realmente possíveis.

Estou aqui, não porque tenha obrigação de estar, não porque me sinta encurralada nesta situação, mas porque prefiro estar contigo a estar em qualquer outra parte do mundo inteiro.”
Richard Bach

Thursday, December 6, 2007

Uma vida ... uma eternidade

Eternamente enraizada em mim.
Obrigada.

Tuesday, December 4, 2007

Opção

A propósito do meu aniversário que comemorei ontem e sobre o qual me recuso completamente a usar os clichés habituais do "a partir de agora não faço mais anos ou no meu bolo só existe uma vela", deixo apenas uma nota, cada vez mais fundamental (at least for me!):

A vida pode ser passada de duas formas: a sorrir ou a chorar – a escolha é nossa!

Assim:
Don't worry! Be Happy!
Que é como quem diz:
Façam o favor de ser felizes!

Everybody's free - Absolutamente fantástico